Dúvidas frequentes

Por que meninos?

Devido a uma série de estereótipos sobre homens, desenvolveu-se uma falsa ideia de que meninos não precisam de cuidados. Além disso, a maioria esmagadora das pesquisas e estudos sobre crianças e jovens não priorizam meninos, elas são ou partem dos cuidados com as meninas e mulheres. Focamos em meninos, não para ignorar o volume de injustiças e dores que cercam meninas e mulheres, mas sim para observar as dores, dificuldades e potências desses jovens. Ouví-los para gerar reflexão e fazer perceber que os cuidados com os meninos podem impactar positivamente as próximas gerações de homens e na redução das violências sentidas por todas as pessoas.

O que significa "sonhar o futuro dos meninos" ?

As subjetividades dos homens foram colocadas dentro de uma caixa cheia de regras e normas. Durante muito tempo isso era aceito, mas a questão é que isso está mudando. Cada vez mais percebemos a necessidade de se desvencilhar desses moldes para que os homens vivam suas individualidades. Sonhar o futuro dos meninos é sonhar com uma realidade onde cada um deles possa ser quem é, de verdade, sem sofrimento e sem amarras lançando mão de toda a sua potencialidade. Sonhar o futuro dos meninos é sonhar liberdade e equidade.

De quais meninos estamos falando?

Não queremos falar de um menino só, mas de vários tipos de meninos. Defendemos a importância de dialogar com diferentes perfis, considerando a faixa etária de 13 a 17, de todos os estados do Brasil, residentes ou não dos grandes centros urbanos, de diferentes classes sociais, diferentes composições familiares, diferentes identidades. Além de meninos de 13 a 17 anos, ouvimos ainda meninas dessa mesma idade, mães, pais e outros tipos de pessoas responsáveis por meninos dessa faixa etária, homens que não são pais e mulheres que não são mães.

O que o projeto não é?

Apesar de surgir a partir de percepções e diálogos sobre homens, identificada em projetos anteriores como “Precisamos Falar com Homens?” e “O Silêncio dos Homens”, o projeto não tem a pretensão de confirmar nada; não deseja reforçar nada. Partimos da escuta dos meninos e formulamos ideias. Queremos simplesmente ouvi-los e entender como eles se veem e o que sentem, para, só em seguida, idealizar propostas.